segunda-feira, 26 de maio de 2014

HISTÓRIA DE SALA DE AULA – Aprendendo o que não fazer!


Foi lá pelos idos dos anos 80. Eu garotão fazendo engenharia química na FEI, na época uma das faculdades mais conceituadas do Brasil.

Estava sempre visitando a EEPSG Jornalista Vladimir Herzog, pois tinha feito meu ensino médio (colegial) na escola e sempre que possível ia bater papo com a Sueli (Deus a tenha), o José Figueiredo (professor. de Matemática), a professora Márcia (química), a Miriam (física) e a professora de Português (Maria Aparecida Borba).

Foi numa dessas visitas que fiquei sabendo que a professora de Química estava grávida e que iam precisar de alguém para substituí-la.

Foi à própria Márcia quem me convidou para lecionar durante sua licença. Entrei em êxtase.

Aquela mulher era para mim o maior representante do que era um professor: responsável, inteligente, disciplinador (sem ser agressivo). Ela possuía uma segurança que eu admirava muito. Sempre precisa em suas respostas. Enfim, um dos meus primeiros modelos de professor.

Mas voltando ao convite: seria a primeira vez que entraria em sala de aula.
1 - substituindo a professora que eu mais admirava
2 - na escola que eu estudei desde a 7ª série (hoje 6º ano)
3 - dar aula de química que eu sempre gostei
4 - lecionar para o terceiro ano do Ensino Médio...

Aí caiu a ficha, ia dar aulas para a minha irmã!!!!!

No primeiro dia de aula tive uma diarréia daquelas.

Sistema nervoso completamente abalado.


Inexperiente em sala de aula; substituindo uma professora que considerava um ícone; tendo que dar aula para a maninha; só fiz lambança.


A maior delas: a galera conversando e eu sem saber o que fazer. Não lembro da minha atitude, mas lembro da idiotice que eu falei alterando o tom de voz: "aqui ou você fica quieto ou fica quieto!". Ali, naquele dia, acabou meu relacionamento com a sala. Foi minha 1ª lição. Aprendi, fui descobrir depois de um tempo, o que não fazer...


Elaine, querida irmã, ME DESCULPE pela ignorância.

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