Foi lá
pelos idos dos anos 80. Eu garotão fazendo engenharia química na FEI, na época
uma das faculdades mais conceituadas do Brasil.
Estava
sempre visitando a EEPSG Jornalista Vladimir Herzog, pois tinha feito meu
ensino médio (colegial) na escola e sempre que possível ia bater papo com a
Sueli (Deus a tenha), o José Figueiredo (professor. de Matemática), a professora
Márcia (química), a Miriam (física) e a professora de Português (Maria
Aparecida Borba).
Foi numa
dessas visitas que fiquei sabendo que a professora de Química estava grávida e
que iam precisar de alguém para substituí-la.
Foi à
própria Márcia quem me convidou para lecionar durante sua licença. Entrei em
êxtase.
Aquela
mulher era para mim o maior representante do que era um professor: responsável,
inteligente, disciplinador (sem ser agressivo). Ela possuía uma segurança que
eu admirava muito. Sempre precisa em suas respostas. Enfim, um dos meus
primeiros modelos de professor.
Mas
voltando ao convite: seria a primeira vez que entraria em sala de aula.
1 -
substituindo a professora que eu mais admirava
2 - na
escola que eu estudei desde a 7ª série (hoje 6º ano)
3 - dar
aula de química que eu sempre gostei
4 -
lecionar para o terceiro ano do Ensino Médio...
Aí caiu a
ficha, ia dar aulas para a minha irmã!!!!!
Sistema nervoso completamente abalado.
Inexperiente em sala de aula; substituindo uma professora que considerava um ícone; tendo que dar aula para a maninha; só fiz lambança.
A maior delas: a galera conversando e eu sem saber o que fazer. Não lembro da minha atitude, mas lembro da idiotice que eu falei alterando o tom de voz: "aqui ou você fica quieto ou fica quieto!". Ali, naquele dia, acabou meu relacionamento com a sala. Foi minha 1ª lição. Aprendi, fui descobrir depois de um tempo, o que não fazer...
Elaine, querida irmã, ME DESCULPE pela ignorância.
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