quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Como se comunicar em sala de aula nos dias atuais. (ou) Falando com a galera na sala de aula!

Já dissemos da necessidade de fazer com que seu aluno acredite em você.
Já dissemos da necessidade de que seu aluno acredite em você.
A pergunta que não quer calar: como?
Dizem que na educação não há respostas prontas. Concordo. O problema passa a ser quando ninguém tem dicas para nos dar.
Qual é a outra atividade que não tem respostas prontas. É só na educação que lidamos com pessoas? Desculpem-me os estudiosos do assunto. Não ter resposta pronta, até concordo, mas onde fica a experiência de cada um, que não pode ser repassada, dividida, compartilhada. Se o que eu fiz deu certo, porque não compartilhar?
Neste mundo em que vivemos, as pessoas estão esquecidas de algumas coisas básicas:
Respeito – não gosto muito daquela frase que sempre ouvi na sala dos professores “na minha época era diferente”. Tem razão, até porque “na tua época” já foi, passou, já era amigão. Minhas meninas têm hoje (dezembro de 2013), 12 e 14 anos. Brincam comigo de maneira que nunca pensei em brincar com meus pais. Por exemplo: “pai você é um mala, mas eu te amo”, este “eu te amo” vem acompanhado de um abraço, um sorriso e um carinho. Quero mais é ser mala para minhas meninas! Respeite seu aluno. E exija ser respeitado.
Carinho – um abraço, um sorriso, um bom dia, um aperto de mão, um parabéns com sinceridade, estamos cada dia mais longe de fazermos isto. As pessoas tem medo de falar Bom Dia com quem não conhecem. Dar um Boa Tarde não arranca pedaço. Dizer Boa Noite, não é ofensa. Converse com seu aluno sobre coisas que são dele. Mostre interesse no que ele faz. Você não vai ficar mais vulnerável em sua aula. Pelo contrário. Estabelece-se um vínculo de cumplicidade e torna-se mais fácil o trabalho em sala de aula.
Sinceridade – com moderação. Sempre há aquele aluno que, infelizmente, nos causa certa repulsa. É do ser humano, existem pessoas que só de vermos já criamos antipatia. Alguns dizem que é destino, outros que são mazelas de vidas anteriores, outros ainda afirmam que é uma questão de empatia. Não importa. Com esses alunos temos que ser artistas. Passar por cima de nossas impressões. Faz parte do ofício. Seja verdadeiro, sem ser agressivo. É preciso que você goste da sua turma. Faça este esforço. Busque as coisas boas. É como no relacionamento a dois ...
Mantenha a chama da paixão acesa com variadas surpresas e elogios – teve uma passagem em Maceió que muito me impressionou. Minhas filhas estudam em uma escola particular. A escola criou uma estratégia de provas que não incluem avaliações as segundas feiras. Por quê? Muitos alunos são de famílias cujos pais estão separados. Nos finais de semana os alunos “revezam” com quem ficar. A escola estava tendo problemas, pois o aluno mora com a mãe e quando vai passar o final de semana com o pai esquece o livro e não estuda. Mas o que mais me impressionou, foi a fala de uma amiga de minha filha mais nova, se não me engano o fato ocorreu em 2011. Estava indo buscá-la na escola e a menina me perguntou: “Você é o pai da Maria Isabela?” Sim, respondi. Ela então emendou: “e você mora com ela? Na mesma casa com a mãe dela?” Nossos alunos têm problemas sim, concordo que não queiram estudar. Mas a questão é: de quem é a culpa? Penso que o menos culpado é o aluno.

(Google imagens)

Perseverança – não é possível ser professor nos dias de hoje se não formos persistentes. Tudo contra nós. Alunos não querem aprender. Pais acham que o culpado de tudo é o professor. Nossos pares odeiam quando inovamos. O poder público está pouco preocupado com os docentes, só se preocupam com índices. Como fazer? Levantar cedo todo dia e agradecer pela carreira escolhida. Em seguida pedir ajuda ao Todo Poderoso, sem exageros, pois cada dia é uma batalha. Nossa profissão hoje é muito estressante (mas qual não é?). Continuar. Eis o grande desafio.
Lembre-se, é muito difícil, mas os obstáculos estão aí para nos tornar melhores. Fazer de um aluno um indivíduo melhor é a recompensa que nos resta. É preciso
Respeito
Carinho
Sinceridade
Perseverança
Manter a chama da paixão acesa com variadas surpresas e elogios.


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Um comentário:

  1. Professor, boa tarde.

    Acho muito legal essa sua iniciativa, sempre achei suas aulas interessantes,
    seu método pratico e de simples compreensão, mesmo não fazendo parte dos
    alunos mais aplicados em sala.

    Hoje trabalho na área da Engenharia Civil e muito do que uso vem da matemática que aprendi no Colegial no Madre Cecilia, Campinas-SP. Meu irmão também aluno seu também esta na área da Eng.Civil voltada apenas para infraestrutura rodoviária. Muito Obrigado.

    Gabriel Sibinel Stach

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