segunda-feira, 5 de maio de 2014

INFÂNCIA E EDUCAÇÃO

Este texto é uma contribuição da professora Renilda Correia de Oliveira

 INFÂNCIA E EDUCAÇÃO

O que é para nós o tempo? Nosso tempo seria o que vivemos neste instante, o que vivenciamos ou aquele que ainda viveremos? Os questionamentos nos levam a pensar. “O pensar é algo que se faz sempre entre o possível e o impossível, entre o saber e o não-saber, entre o lógico e o ilógico.”
Este questionamento em relação ao tempo nos remete a infância. Etimologicamente a palavra infância designava além das crianças todos os que não estavam habilitados, os incapacitados, os deficientes e desta forma ficou referenciando todos aqueles que não possuíam as características para sua inclusão na ordem social. Vista desta forma a infância é estudada sob olhar do que não tem, do que não possui.
 Talvez por esse motivo para Platão a educação da infância seria o único meio para que houvesse mudanças políticas profundas, uma vez que os adultos, educados, já não teriam mais jeito. Na sua perspectiva, a infância, deveria ser educada por um modelo já posto, visto que isto seria o melhor para elas e para o mundo.
Para os filósofos influenciados por Nietzsche, a infância seria sempre uma nova etapa e não apenas a primeira etapa de uma vida, ou seja, a cada momento em que percebemos que o mundo pode nascer e ser diferente do que é estamos voltando à infância. Ela seria a capacidade de criar, modificar e revolucionar.
Podemos fazer a partir destas duas formas de pensar a infância alguns questionamentos. Dentre eles: Nosso sistema educacional permite que se crie, se modifique, ou, se revolucione? Independentemente da resposta que tenhamos, sempre podemos voltar à infância, mesmo que não consigamos nela permanecer.



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