Este texto é uma contribuição da professora Renilda
Correia de Oliveira
INFÂNCIA E EDUCAÇÃO
O
que é para nós o tempo? Nosso tempo seria o que vivemos neste instante, o que
vivenciamos ou aquele que ainda viveremos? Os
questionamentos nos levam a pensar. “O pensar é algo que se faz sempre entre o
possível e o impossível, entre o saber e o não-saber, entre o lógico e o
ilógico.”
Este
questionamento em relação ao tempo nos remete a infância. Etimologicamente a
palavra infância designava além das crianças todos os que não estavam
habilitados, os incapacitados, os deficientes e desta forma ficou referenciando
todos aqueles que não possuíam as características para sua inclusão na ordem
social. Vista desta forma a infância é estudada sob olhar do que não tem, do
que não possui.
Talvez por esse motivo para Platão a educação
da infância seria o único meio para que houvesse mudanças políticas profundas,
uma vez que os adultos, educados, já não teriam mais jeito. Na sua perspectiva,
a infância, deveria ser educada por um modelo já posto, visto que isto seria o
melhor para elas e para o mundo.
Para
os filósofos influenciados por Nietzsche, a infância seria sempre uma nova
etapa e não apenas a primeira etapa de uma vida, ou seja, a cada momento em que
percebemos que o mundo pode nascer e ser diferente do que é estamos voltando à
infância. Ela seria a capacidade de criar, modificar e revolucionar.
Podemos
fazer a partir destas duas formas de pensar a infância alguns questionamentos.
Dentre eles: Nosso sistema educacional permite que se crie, se modifique, ou,
se revolucione? Independentemente da resposta que tenhamos, sempre podemos
voltar à infância, mesmo que não consigamos nela permanecer.
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