segunda-feira, 2 de junho de 2014

A importância de um sorriso


Existe um ditado popular que diz: se fosse para falarmos mais do que ouvimos, Deus teria nos dado uma orelha e duas bocas.

Aprendi, e tenho isto muito claro comigo, que para trabalhar em equipe e liderar pessoas preciso ouvir primeiro e depois falar; ouvir primeiro e depois agir.

Você pode me contestar dizendo: mas existem aqueles que numa reunião, por exemplo, só querem falar, falar e falar. Não dão oportunidade para ninguém mais participar.

É exatamente por isso que eu preciso ouvir primeiro, pois conseguirei identificar este indivíduo e poderei, delicadamente num primeiro momento, adverti-lo sobre a necessidade de deixar os colegas também se expressarem.

Quem na sala de aula já não teve aquele aluno mala que não deixa ninguém responder as questões que colocamos em sala? Ele sabe tudo, ou melhor, acha que sabe tudo, pois estuda os assuntos em casa só para poder responder em sala.

Minhas estratégias:

1 – Digo bem firme, praticamente áspero: quem já sabe, por favor deixe os colegas responderem!. Não olho para a criatura diretamente, normalmente digo isto voltado para a lousa.
Resultado: funciona naquela aula, e em mais uma ou duas, com sorte.

2 – Repito a mesma estratégia, porém agora olhando diretamente no olho do indivíduo.
Resultado: funciona uma ou duas aulas a mais.
Até aqui se passaram aproximadamente um mês de aula. Neste meio tempo tento me aproximar da figura e conseguir espaço com ele através de elogios do tipo: “Que bom que você vê os conteúdos antes da aula”.

3 – A próxima estratégia é: coloco o exercício na lousa e já adianto, falando no geral: quem sabe fazer, não perca tempo respondendo minhas questões! Faça o exercício enquanto explico para aqueles que têm um pouco mais de dificuldade.
Resultado: ganho mais uma semana de paz.

4 – Último passo: chamo o aluno individualmente e explico para o mesmo que se ele continuar assim será o chato da turma, que a mim não incomoda (mentira) mas que seus amigos de sala vão começar a achar que ele quer bancar o exibicionista (verdade) e que isto será ruim para ele.
Resultado: duas a três semanas de sossego e um aluno que virou meu “amigo”, pois acredita que me preocupo mais com ele do que com os demais.
E não é exatamente isto o que ele quer?

A probabilidade de que esteja tentando chamar a atenção de todos é muito grande. Podemos até inferir que este aluno é muito carente e o conhecimento na sua disciplina vai leva-lo ao destaque perante os amigos!


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