Existe um ditado
popular que diz: se fosse para falarmos mais do que ouvimos, Deus teria nos
dado uma orelha e duas bocas.
Aprendi, e tenho isto
muito claro comigo, que para trabalhar em equipe e liderar pessoas preciso
ouvir primeiro e depois falar; ouvir primeiro e depois agir.
Você pode me contestar
dizendo: mas existem aqueles que numa reunião, por exemplo, só querem falar,
falar e falar. Não dão oportunidade para ninguém mais participar.
É exatamente por isso
que eu preciso ouvir primeiro, pois conseguirei identificar este indivíduo e
poderei, delicadamente num primeiro momento, adverti-lo sobre a necessidade de
deixar os colegas também se expressarem.
Quem na sala de aula já
não teve aquele aluno mala que não deixa ninguém responder as questões que
colocamos em sala? Ele sabe tudo, ou melhor, acha que sabe tudo, pois estuda os
assuntos em casa só para poder responder em sala.
Minhas estratégias:
1
– Digo bem firme, praticamente áspero: quem
já sabe, por favor deixe os colegas responderem!. Não olho para a criatura
diretamente, normalmente digo isto voltado para a lousa.
Resultado:
funciona naquela aula, e em mais uma ou duas, com sorte.
2
– Repito a mesma estratégia, porém agora olhando diretamente no olho do
indivíduo.
Resultado:
funciona uma ou duas aulas a mais.
Até
aqui se passaram aproximadamente um mês de aula. Neste meio tempo tento me
aproximar da figura e conseguir espaço com ele através de elogios do tipo: “Que
bom que você vê os conteúdos antes da aula”.
3
– A próxima estratégia é: coloco o exercício na lousa e já adianto, falando no
geral: quem sabe fazer, não perca tempo respondendo minhas questões! Faça o
exercício enquanto explico para aqueles que têm um pouco mais de dificuldade.
Resultado:
ganho mais uma semana de paz.
4
– Último passo: chamo o aluno individualmente e explico para o mesmo que se ele
continuar assim será o chato da turma, que a mim não incomoda (mentira) mas que
seus amigos de sala vão começar a achar que ele quer bancar o exibicionista
(verdade) e que isto será ruim para ele.
Resultado:
duas a três semanas de sossego e um aluno que virou meu “amigo”, pois acredita
que me preocupo mais com ele do que com os demais.
E não é exatamente isto
o que ele quer?
A probabilidade de que
esteja tentando chamar a atenção de todos é muito grande. Podemos até inferir
que este aluno é muito carente e o conhecimento na sua disciplina vai leva-lo
ao destaque perante os amigos!
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