Renilda
Correia
As
primeiras universidades surgiram em Bolonha, no início do século XII, onde
existiam escolas privadas e independentes, bem como pequenas societates. Nesse período ocorreu uma
mudança muito importante. Os estudantes começaram a se reagrupar de acordo com
sua origem geográfica, constituindo desse modo às conhecidas ”nações”, que
pouco a pouco se tornaram “universidades”, havendo inclusive eleição para
reitor anualmente. As primeiras instituições universitárias não seguiram um
modelo único.
A evolução
institucional das universidades se caracterizou principalmente pelo controle
cada vez mais rigoroso exercido sobre elas pelos poderes políticos. O
crescimento dos estudos superiores na Europa contribuiu significativamente para
formatar o contexto social e intelectual do qual a Revolução Francesa teve
início.Na Inglaterra, a aspiração do indivíduo ao saber foi à base da concepção
da universidade, sendo este lugar de ensino do saber universal e tendo como
objetivos a difusão e a extensão desse saber. A concepção de universidade
proposta na Alemanha por K.Jaspers, um dos representantes intelectuais das
idéias concebidas por Wilhelm Von Humboldt na primeira década do século XIX,
tem como finalidade a aspiração da humanidade à verdade. Na concepção francesa
ou napoleônica, a educação é fortemente centralizada e dada pelo Estado. O
ensino universitário tem como função conservar a ordem social e assegurar o
ensino profissional.
Não foi só na
Europa que surgiu novos modelos de universidade. Nos Estados Unidos, o anseio
da sociedade pelo progresso dá origem a um modelo de universidade onde cultura
e ciências convergem na ação. Na U.R.S.S a doutrina do marxismo-leninismo
define a finalidade das universidades e colégios e fundamentam a concepção
geral do ensino superior neste país, reafirmando dessa forma o papel do mesmo
como fator estratégico na construção e na transformação da sociedade.
As
universidades contemporâneas possuem características das concepções vistas
anteriormente seja pela formação humanística ou pela formação funcional.
Sabe-se é certo que muitas outras características de tais concepções não têm
empregabilidade ao nosso tempo. As reformas que se aplicam às instituições
universitárias não devem ser interrompidas e nem finalizadas, pois a constante
mutação da sociedade requer adaptações destas instituições.
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