quinta-feira, 12 de junho de 2014

Breve Introdução à História das Universidades


Renilda Correia


As primeiras universidades surgiram em Bolonha, no início do século XII, onde existiam escolas privadas e independentes, bem como pequenas societates. Nesse período ocorreu uma mudança muito importante. Os estudantes começaram a se reagrupar de acordo com sua origem geográfica, constituindo desse modo às conhecidas ”nações”, que pouco a pouco se tornaram “universidades”, havendo inclusive eleição para reitor anualmente. As primeiras instituições universitárias não seguiram um modelo único.

A evolução institucional das universidades se caracterizou principalmente pelo controle cada vez mais rigoroso exercido sobre elas pelos poderes políticos. O crescimento dos estudos superiores na Europa contribuiu significativamente para formatar o contexto social e intelectual do qual a Revolução Francesa teve início.Na Inglaterra, a aspiração do indivíduo ao saber foi à base da concepção da universidade, sendo este lugar de ensino do saber universal e tendo como objetivos a difusão e a extensão desse saber. A concepção de universidade proposta na Alemanha por K.Jaspers, um dos representantes intelectuais das idéias concebidas por Wilhelm Von Humboldt na primeira década do século XIX, tem como finalidade a aspiração da humanidade à verdade. Na concepção francesa ou napoleônica, a educação é fortemente centralizada e dada pelo Estado. O ensino universitário tem como função conservar a ordem social e assegurar o ensino profissional.

Não foi só na Europa que surgiu novos modelos de universidade. Nos Estados Unidos, o anseio da sociedade pelo progresso dá origem a um modelo de universidade onde cultura e ciências convergem na ação. Na U.R.S.S a doutrina do marxismo-leninismo define a finalidade das universidades e colégios e fundamentam a concepção geral do ensino superior neste país, reafirmando dessa forma o papel do mesmo como fator estratégico na construção e na transformação da sociedade.

As universidades contemporâneas possuem características das concepções vistas anteriormente seja pela formação humanística ou pela formação funcional. Sabe-se é certo que muitas outras características de tais concepções não têm empregabilidade ao nosso tempo. As reformas que se aplicam às instituições universitárias não devem ser interrompidas e nem finalizadas, pois a constante mutação da sociedade requer adaptações destas instituições.


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